Quando criança, ainda na escola aqui em Brasília,
fiz um passeio em uma exposição sobre o universo. Recordo-me de ter visto
uma frase enorme que dizia: "O universo está em constante movimento".
Alimentado pelo excelente bom humor que Deus me deu, me segurei em uma barra e
gritei para os amigos de classe: "segura que vamos entrar numa curva agora!".
Naquela época as pessoas riam com mais facilidade e foi um misto de gargalhadas
acompanhados de gritos: "Dãããã Ithamar! cala a boca!". Aprendi que
graças a esses movimentos a vida torna-se possível em nosso planeta, que por
causa dele contemplamos as estações climáticas.
Hoje eu não tenho mais 9 anos, já completei 30
translações da Terra!! Me movimentei muito! E já fui movimentado muitas vezes!
E qual é o resultado disso? A minha resposta é: Transformação.
Independentemente se o movimento foi provocado por mim ou se eu o sofri, o que
ele me trouxe foi transformação. Nem sempre a transformação foi para uma
melhoria imediata, muitos dos meus movimentos me trouxeram coisas extremamente
desagradáveis, já outros fizeram me sentir no caminho certo.
Nossos movimentos não são automáticos, eles são
definidos pelas nossas escolhas, pela nossa fé. Por isso se movimentar não pode
ser o bastante é preciso ter a certeza que estamos nos movimentando da forma
correta. Uma música de uma banda norte americana, Casting Crowns, intitulada
"does anybody hear her" diz na primeira estrofe: "Ela está correndo
a 100 milhas por hora na direção errada. Ela está tentando, mas o abismo está
sempre aumentando nas profundezas do seu coração". Infelizmente iludidos
por sonhos e falácias ficamos presos na direção errada da vida. É então, neste
exato momento que precisamos nos movimentar na direção correta e esse movimento
chama-se: arrependimento.
Por favor, não pare. Arrependimento não é parar, é movimentar-se na direção
certa! Lembre-se que o oleiro trabalha sempre com o barro em movimento, e
através de sua mão graciosa somos transformados em uma obra de arte.
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