quinta-feira, 19 de julho de 2012

Movimento

Quando criança, ainda na escola aqui em Brasília, fiz um passeio em uma exposição sobre o universo. Recordo-me de ter visto uma frase enorme que dizia: "O universo está em constante movimento". Alimentado pelo excelente bom humor que Deus me deu, me segurei em uma barra e gritei para os amigos de classe: "segura que vamos entrar numa curva agora!". Naquela época as pessoas riam com mais facilidade e foi um misto de gargalhadas acompanhados de gritos: "Dãããã Ithamar! cala a boca!". Aprendi que graças a esses movimentos a vida torna-se possível em nosso planeta, que por causa dele contemplamos as estações climáticas.
Hoje eu não tenho mais 9 anos, já completei 30 translações da Terra!! Me movimentei muito! E já fui movimentado muitas vezes! E qual é o resultado disso? A minha resposta é: Transformação. Independentemente se o movimento foi provocado por mim ou se eu o sofri, o que ele me trouxe foi transformação. Nem sempre a transformação foi para uma melhoria imediata, muitos dos meus movimentos me trouxeram coisas extremamente desagradáveis, já outros fizeram me sentir no caminho certo.
Nossos movimentos não são automáticos, eles são definidos pelas nossas escolhas, pela nossa fé. Por isso se movimentar não pode ser o bastante é preciso ter a certeza que estamos nos movimentando da forma correta. Uma música de uma banda norte americana, Casting Crowns, intitulada "does anybody hear her" diz na primeira estrofe: "Ela está correndo a 100 milhas por hora na direção errada. Ela está tentando, mas o abismo está sempre aumentando nas profundezas do seu coração". Infelizmente iludidos por sonhos e falácias ficamos presos na direção errada da vida. É então, neste exato momento que precisamos nos movimentar na direção correta e esse movimento chama-se: arrependimento.
Por favor, não pare. Arrependimento não é parar, é  movimentar-se na direção certa! Lembre-se que o oleiro trabalha sempre com o barro em movimento, e através de sua mão graciosa somos transformados em uma obra de arte.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Momentos


Segundo o rei Salomão, autor do livro de Eclesiastes, a vida é marcada pelo tempo, não o cronológico apenas, mas o "momentológico" também. Ele diz que há tempo de abraçar e deixar de abraçar, de chorar e de sorrir, de ajuntar pedras e espalhar pedras, resumindo, há tempos bons e ruins. Nós sabemos disso, nós vivemos isso.

Nossas vidas comprovam que o sábio estava certo ao afirmar essa verdade sobre os momentos que vivenciamos. Mas, bom seria se a vida fosse feita apenas de bons momentos, de sorrisos e alegrias, mas não é.

Precisamos encarar a realidade do momento. Precisamos viver cada momento e aprender com ele aquilo que ele nos traz. O que um momento ruim pode nos trazer de bom? Momentos ruins nos trazem reflexão, arrependimento, esperança e maturidade em nossa fé. A dor nos ensina a pensar, o arrependimento nos enche de humildade, a esperança nos motiva a viver e a maturidade nos faz enfrentar toda situação difícil de forma mais equilibrada e sem tanto desespero.

Então, se é assim que as coisas acontecem, que o abraço seja sincero, o sorriso espontâneo e as pedras ajuntadas para uma boa obra. Que o afastamento seja sem mágoas, o choro sem desespero e as pedras espalhadas para a memória. Afinal, eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.